segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Um cara... e nada mais?

Pra quem não sabe, eu sou um pseudônimo nada anônimo de uma pessoa que, desde os seus 20 e poucos anos, resolveu levar adiante uma relação que - ela sabia: estava fadada ao fracasso. Um cara que a tirou da solidão. Um cara que estava sempre ali. Um cara que, mesmo sem falar as 3 palavrinhas mágicas que ela queria tanto, "falava" com atitudes. Um cara que estava ali, chegou pra lhe fazer companhia quando ela se sentia mais sozinha no mundo: longe da família, longe dos amigos, em uma cidade que, apesar de ela conhecer tão bem, sentia-se sozinha por estar longe. E ele apareceu após longos três anos de uma solteirice muito bem aproveitada vinda depois do término de um noivado que não deu certo.  Uma confusão. Um cara que (isso ela descobriu depois, quando já estava bem enrolada e cegamente apaixonada) era seu total oposto. Total e completo oposto. E ela se viu sem chão, pois ele era a sua segurança. E aos poucos ela foi percebendo que poderia viver sem ele. 
E aí começou o vai e volta, inseguranças, possessividade e ciúmes dele brigando com o desejo de liberdade dela, mas, apegada aos finais de semana preguiçosamente passados com ele, deixou ir. E a vida foi seguindo seu rumo. Mas quando ela viajava todo final e meio de ano, voltava pro seu ninho, revia amigos, família, ela não queria voltar. Mas sempre voltava. Afinal, seu "futuro" estava ali. Um futuro que agora ela não quer mais. Nem pela profissão que a muito custo conquistou, nem pelo coração. E num desses finais de semana solitários ela finalmente entendeu que vai acabar, ela queira ou não, vai acabar. Mas vai acabar a seu tempo, quando ele entender de uma vez por todas que não dá mais. Sem brigas, sem chororô, sem gritarias, sem palavras que nunca devem ser ditas, sem rancor. 
Passados tantos anos, e depois de tanto tempo, ela quer se desvencilhar, quer estar livre de novo, disponível no mercado, como se diz tão popularmente hoje em dia. Solteiríssima e seguindo nova carreira. Quer e tem medo. Ela precisa de coragem, alguém tem? 
Afinal, ele é só um cara.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Entre ficar e partir

Tô com preguiça de viver, e só a fim de ver a vida passar pela janela sem sentido algum, e nem sequer sinto meus braços, minhas pernas ou a brisa que passa pelo meu cabelo... simplesmente só quero isso agora: Nada. Não sei o porquê, não sei. Acordei com a verdade jogada na cara sem pena nem dó: estou triste, e não adianta mais adiar o fato de que eu estou triste há muito tempo, e não há sorriso dado para alguém ou "hahaha" no MSN ou Facebook que diga o contrário. Estou triste e melancólica, não há o que falar mais. 
Talvez ser feliz, feliz mesmo, de verdade, seja demais pra mim. Pode ser, quem sabe? Talvez eu goste da tristeza. Não sei. Li uma vez em um livro que a felicidade te faz ficar e a tristeza te faz partir. Será por isso que eu quero partir desse jeito pra fora na minha zona de conforto? Será por isso que sempre quero partir, nunca quero ficar sossegada em um canto e deixar a bunda esquentar a cadeira?
E o que me prende, que felicidade me prende? Eu, você, nós, minha família? Quem? Ou o quê? Trabalho? Não, absolutamente não! 
Mas hoje não tô a fim de pensar nisso, talvez amanhã, talvez... um dia.
Hoje tô com preguiça de ser feliz, quero só ficar aqui, espreitando pela janela...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Eu, errada e torta.

Você tá aqui na minha frente e eu tô a fim de te mandar pra fora da minha vida. Porque você empata, e empata tanto tanto, que ai, meu Deus, como meu coração pode ainda gostar de você? ... Como eu ainda posso gostar de você, quando minha vontade é de falar ''Faça suas malas, pegue seu notebook, seus livros, pegue você mesmo e vá embora. É isso mesmo, tô te dizendo adeus, tchau, até nunca mais. Tchau, que não te quero, não posso te ter, sou demais pra você entender, sou demais pra você aceitar. Tchau, meu ex-amor, meu desamor, meu não-amor. Vá embora, não volte mais. Tchau, que meu coração te expulsou de mim." Explica pra mim então, como? E porque as palavras não saem, e forma um bolo com gosto de jiló bem na minha garganta? Explica poxa! Explica o porquê deste querer sem querer! Explica, porra!
E como pode ser fácil isso, se de você não sei se gosto ou não? Me dá ânsia e meu coração vai na boca e volta. Mas isso é porque sei que você tá certo, eu sou a errada agora. Eu. Eu nasci errada, nasci torta, e não desentortaram a tempo. Paciência, assim você me conheceu, agora aguenta! Se não aguenta, ai meu pai, pede as contas oras! Já tantas vezes falaste que sabe que um dia vai cair fora da minha vida, que eu só penso no que eu quero, então vai, sai, me deixa em paz, me deixa a sós, me deixa, e só. 
Sim eu mudei contigo, eu mudei comigo, eu mudei com o mundo, eu não consigo deixar de ser eu, e me dói tanto te ver assim que dá vontade de te afogar só pra não sentir o coração dividido ao meio e saber que a culpa é, sim, única e exclusivamente MINHA. Porque odeio magoar as pessoas. 
Eu falei que eu sou a errada mas e você, já parou pra pensar que pode estar errado também? Que não é assim que se fala, que há assuntos que devem ser tratados com delicadeza? Eu sei, eu sei o que você deve estar pensando: 'ah, justo ela que fala o que pensa, quer delicadeza na hora de ouvir?'. Pois é, quero, quero muito. Sou individualista sim. E às vezes egoísta também. E me faz bem ser assim às vezes, pois já pensei demais nos outros, você não vê? 
Ah, você vê, eu sei que vê, que eu já pensei demais em você e de  menos em mim, e o nós, que era nós, se transformou em eu e você, e está a um passo de ser só eu e só você. 
Mas você continua na minha frente e eu não falo nada do que pensei e que agora expresso aqui. Agora me fala, porque, porra, eu tenho que te amar?